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Varejo gaúcho quebra sequência de alta de vendas e fica apreensivo com impacto da inflação na renda

Entidade de executivos do setor alerta para um "falso positivo" em indicadores de recuperação

As vendas do varejo do Rio Grande do Sul tiveram uma queda forte em junho de 5,1% sobre maio. O recuo ocorreu após dois meses de forte alta, que vieram na sequência da reabertura do comércio gaúcho após as restrições no agravamento da pandemia. Com a queda de junho, o patamar de vendas ficou abaixo de abril, mas ainda está acima de fevereiro de 2020, ou seja, do pré-pandemia. Ainda assim, o semestre fechou com um crescimento de 3,4%. O avanço é sobre o mesmo período do ano passado e, portanto, a base de comparação é baixa. O acumulado de 12 meses tem avanço de 1,5%. O varejo ampliado continua com resultados melhores (ou, no caso de junho, a queda "menos pior" de 4,8%), com as lojas de materiais de construção vendendo muito bem e com uma recuperação no segmento de veículos e autopeças. Para o terceiro trimestre, a expectativa é de retomada gradual. O Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Consumo (Ibevar) aposta que o resultado será puxado por automóveis, motos e peças e a seção de artigos farmacológicos, médicos e ortopédicos. Por outro lado, a preocupação fica com o varejo de livros, jornais, revistas e papelarias, móveis e eletrodomésticos e escritório, informática e comunicação. Presidente do Ibevar e economista, Claudio Felisoni de Angelo ainda avalia o crescimento insuficiente para compensar a perda da pandemia e alerta para indicadores com "falso positivo": - Mesmo que os dados da intenção de compra projetem uma alta, ainda está abaixo da expectativa. O Brasil vive uma recuperação cíclica, natural depois de uma retração recorrente da crise econômica e sanitária. Mesmo que os índices sejam positivos, não podemos atrelá-los a um crescimento contínuo e de longo prazo. Nosso mercado, assim como o poder de compra dos brasileiros, foi muito afetado durante a pandemia. Perdemos poderio econômico diante de outras moedas, estamos com alta inflação em nossos produtos, além de um grande índice de desemprego. Desta forma, quando observamos os dados da pesquisa, observamos que esse aumento é de um indicador falso positivo da recuperação econômica do país. Outro alerta foi enviado pelo presidente da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV), Sérgio Galbinski. Ao ler uma coluna de ontem sobre o impacto dos preços administrados na inflação, ele ponderou que isso afeta o consumo de outros segmentos, afinal o dinheiro para comprar sai do mesmo bolso que banca as despesas básicas das famílias, que estão subindo: - Conforme a inflação dos administrados aumenta, sobra menos dinheiro para o consumo de produtos nas lojas, como vestuário e calçados. Vai sobrar mês no fim do salário. Tirando sobressaltos com a variante Delta, o avanço da vacinação é importante para a retomada da economia, com reflexos no mercado de trabalho e no consumo. Isso está acontecendo, mas é preciso fazer projeções com pé no chão. Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br) Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)

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