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Segundo semestre começa com crescimento


Comércio e serviços podem auxiliar na retomada do crescimento da economia em 2017 IANA SOARES

A economia brasileira manteve-se em trajetória de crescimento no início do segundo semestre, conforme dados divulgados sontem pelo Banco Central. O Índice de Atividade (IBC-Br) medido pela instituição avançou 0,41% em julho e atingiu o maior nível desde dezembro de 2015.

Conhecido como uma “prévia do PIB”, o IBC-Br serve como parâmetro para avaliação do ritmo da economia brasileira. O indicador subiu de 135,06 para 135,62 pontos de junho para julho, no segundo avanço mensal consecutivo. Em 2017 até julho, a atividade cresceu 0,14%, na série sem ajustes sazonais. Oficialmente, o Governo trabalha com estimativa de crescimento de 0,5% do PIB em 2017.

Nas últimas semanas, porém, o mercado tem demonstrado maior otimismo com a atividade. No Relatório de Mercado Focus, que traz uma compilação das projeções das instituições financeiras, a expectativa média de alta do PIB este ano está em 0,60%. Mas há estimativas de avanço de 0,93%. Apesar da retomada recente, a atividade econômica no Brasil está longe dos melhores momentos, registrados antes do início da recessão de 2015 e 2016. No pico da série histórica, o IBC-Br chegou a marcar 148,75 pontos em dezembro de 2013 - ainda no primeiro Governo de Dilma Rousseff.

Cautela

O crescimento está em observação, segundo o economista Lauro Chaves, presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE). “O resultado é mais um sinal de que estamos em processo de recuperação. O Brasil ficou na UTI por dois, três anos e que apresentou melhora em dois trimestres com o PIB”, explica.

Para ele, sem os investimentos públicos e privados, os resultados serão inexpressivos. “Temos melhoras na inflação, no índice de atividade econômica e também no comércio. Sem a retomada dos investimentos, não conseguiremos reduzir o desemprego que atinge 13 milhões de pessoas”, reforça.

O economista aponta que consumo é uma estratégia sem projeção de alcançar bons resultados no futuro. “Sem a melhora dos indicadores, inclusive o do desemprego, o crescimento vai se basear no consumo. E ele não garante sustentabilidade”. Cita a melhora temporária ocasionada pela redução da inflação, dos juros e da liberação do FGTS das contas inativas – fatores que proporcionaram um cenário favorável ao consumo.

Para o economista Ricardo Coimbra, mestre em Economia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), o processo ainda é lento e gradativo. “Os setores de comércio e serviços podem efetivar as previsões de crescimento. É esperado que o PIB cresça 0,5% ou um pouco acima disso”, afirma.

No entanto, a ambiência política pode ser comprometida por causa da possível relação entre o presidente Michel Temer a empresa JBS. Ontem o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncias contra Temer pelos crimes de obstrução de justiça e organização criminosa. O economista explica que a oscilação no campo político também é levada em consideração pelo mercado. “O momento ainda é de cautela, seja pelo acompanhamentos dos agentes econômicos, seja pela observação do setor produtivo”, finaliza.

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