top of page

Queremos a sua opinião! Deixe o seu comentário.

Como a música que toca na loja influencia suas compras


Após "fazer uma extensa pesquisa e receber comentários" de funcionários e clientes, a rede de lojas de departamento britânica Marks and Spencer (M&S) anunciou que não terá mais qualquer tipo de música ambiente em suas unidades. A medida levanta algumas questões: por que estabelecimentos comerciais tocam música? E como isso afeta nossa mente?

Estudos já mostraram que esse tipo de som, conhecido popularmente como "música de elevador", altera nossos padrões de compra. Estabelecimentos utilizam esse recurso "para aumentar as vendas", diz Adrian North, professor de Psicologia da Música da Universidade Curtin, em Perth, na Austrália.

Uma pesquisa realizada por North em um restaurante inglês indicou, por exemplo, que os clientes gastaram em média 2 libras a mais por pessoa quando escutaram música clássica em vez de pop.

Outro experimento feito por ele apontou que as percepções de sabor também são alteradas. Canções "suaves" fizeram com que pessoas avaliassem um vinho como "suave". E um som mais "intenso" fez com que o vinho fosse classificado como... "intenso". Estaria, então, a rede britânica abrindo mão de um recurso capaz de manipular os consumidores?

Música de Elevador

A história da música ambiente começa na década de 1920, quando o general George Squires patenteou um processo para transmitir música por meio da rede elétrica.

Ela ficou conhecida como "música de elevador" porque um de seus primeiros usos se deu em arranha-céus justamente para acalmar quem usava os elevadores, que ainda eram uma novidade com a qual poucas pessoas estavam familiarizadas na época.

Nos anos 1940, passou a ser usada como uma forma de relaxar trabalhadores e, assim, aumentar sua produtividade. Desde então, é tida como um tipo de som genérico e suave que quase passa despercebido, criando um ambiente tranquilo para se fazer compras.