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A importância das tecnologias para o varejo


Se por um lado as tecnologias permitem que as empresas ofereçam melhores experiências aos seus públicos, há também o desafio de aperfeiçoar processos cotidianamente

Nos últimos anos, o varejo tem evoluído bastante no que diz respeito à inovação tecnológica. E isso não tem se dado simplesmente com a digitalização dos negócios, criação de e-commerces e aumento das vendas online, mas mesmo em pontos de venda físicos as novidades são muitas. Ao mesmo tempo em que oferece mecanismos para as empresas se tornarem mais competitivas, reduzirem despesas e ampliarem receitas, esse processo traz também desafios.

“O principal impacto do uso de tecnologia no varejo está relacionado à melhoria da experiência do consumidor. Utilizando as redes sociais incorporadas ao processo de compra, o consumidor pode ter, em tempo real, a opinião de amigos e pares sobre o produto que eles estão adquirindo”, explica o professor Henrique de Campos Junior, da FGV EAESP, no artigo “O novo papel da tecnologia aplicada ao varejo”.

Se por um lado as tecnologias permitem que as empresas ofereçam melhores experiências aos seus públicos, há também o desafio de aperfeiçoar processos cotidianamente e acompanhar atentamente as transformações do mercado para não serem engolidas pela disrupção.

“Estas tecnologias, por vezes muito disruptivas, geram no empresário varejista dúvidas sobre a validade de sua aplicação, principalmente em um ambiente de negócios turbulento como o brasileiro”, comenta o professor Henrique.

Veja abaixo alguns pontos elencados pelo professor a respeito dos impactos e benefícios da tecnologia no varejo:

Experiência do consumidor

“Utilizando as redes sociais incorporadas ao processo de compra, o consumidor pode ter, em tempo real, a opinião de amigos e pares sobre o produto que eles estão adquirindo. Muitos consumidores consultam os reviews ou likes dos produtos durante a jornada de compra, mas isto pode ser, utilizando-se tecnologia, incorporado à experiência varejista. A C&A, com a campanha C&A Fashion Like de 2012 apresenta um ótimo exemplo desse tipo de interação entre a tecnologia e o processo de compra ao colocar o número de likes que a peça obteve no cabide na qual ela estava exposta na loja. Esse mesmo princípio pode ser utilizado na compra de alimentos e cosméticos, por exemplo, para identificar pessoas com o mesmo perfil ou gostos que também apreciaram o mesmo produto”, destaca o professor.

Experiência do vendedor

“A experiência do vendedor passa por ampliações em sua capacidade de acessar informações e ampliar seu conhecimento. O vendedor tem acesso a inúmeras bases de dados da empresa com: (a) histórico do cliente; (b) características técnicas do produto; (c) informações disponíveis da concorrência; (d) acesso a redes sociais e opiniões de amigos e pares do consumidor atendido sobre o produto. O vendedor, com poder ampliado pela tecnologia, não perde sua característica humana. Ao contrário torna-se 'Consumer Experience Manager'”, explica o professor Henrique.

Prateleira infinita

“Muito comum no e-commerce, a oferta de uma gama enorme de produtos, mesmo que de baixo giro, também conhecida como cauda longa, torna-se possível também no ambiente físico utilizando-se três tecnologias: (a) telas táteis interativas; (b) realidade aumentada; (c) realidade virtual. As telas táteis interativas estão presentes em diversos ambientes, mas são emblemáticas nos provadores digitais da Ralph Lauren, permitindo ao consumidor consultar diferentes modelos e cores associadas aos produtos que estão sendo provados. Também são representativas no setor de geladeiras da Lowe’s que, ao optar por lojas mais compactas nos ambientes urbanos, não pode contar com todos os modelos de geladeira em exposição na loja e, portanto, optou por modelos digitalizados em tamanho real dos produtos”, exemplifica o professor.

E esses são apenas alguns cases que ilustram bem esse cenário. As transformações estão em curso e muita coisa deve aparecer nos próximos anos. Você e seu negócio estão preparados?